Chama-se Jéssica.

Esteve connosco mês e meio.

É pouco?

Acreditem que não.

Com 22 anos é a prova de que a idade é mesmo um número, até nos mais jovens.

Veio com tudo. Para ela o céu é o limite e demonstra-o.

Entregou-se de coração à causa e às casas que lhe abriram a porta durante algumas semanas.

Disse até já a todos. Disse-me até já a mim.

E hoje ao fazer as visitas que a Jéssica fazia habitualmente, todos perguntaram por ela, na esperança de que o “até já” fosse a brincar, e estivesse ali comigo.

 Impossível ficar indiferente.

Durante este período, as poucas vezes que a chamei à atenção foi por trabalhar em demasia e fora de horas. Foi pontual, polivalente e dedicada nos vários papeis que aqui defendemos.

De terra em terra, de casa em casa e de coração em coração.

Foi exemplo.

Aprendi muito sobre muita coisa com ela. E soube-me bem. Vou continuar a tentar fazê-lo e ela sabe.

Termino a agradecer. Em nome de todos os que acompanhou e colegas.

Muito obrigada!

Pelo olhar matador. Pela transparência. Pela generosidade. Pela autenticidade. Pela empatia. Pela dedicação. Terás sempre lugar aqui, porque na tua essência tens o mais importante, que é, amor ao que fazes!

Não permitas que te roubem o mundo que existe em ti e usa-o para melhorar o mundo que é de todos.

Nunca desistas de tentar.

Se assim for um dia irás dizer-me:

“Muito para lá do céu!”

E para mim será um orgulho e um enorme privilégio concordar.

Com carinho o tal até já (e sempre)

Helena Saraiva